O Escritor e seus Tempos: Reflexões sobre Crítica, Tradução e Política no Sistema Literário
O vídeo apresenta um breve exame de "The Common Reader", First Series (1925), de Virginia Woolf, e suas relações tanto com a atividade crítica e ensaísta da autora, quanto com a situação por vezes ambivalente das vanguardas do século XX, bem como com a forma do ensaio, como gênero literário (até então) eminentemente masculina.
1. As batalhas ideológicas na Revue des Deux Mondes
2. Machado de Assis como crítico de arte
3. Machado tradutor
4. Centro, periferia e dupla consciência: a recepção inicial de Henry James na França
5. Henry James e o autor-crítico
6. O leitor comum: Virginia Woolf e a vanguarda literária
7. A política da tradução e a tradução como política
8. O intraduzível e a literatura comparada
9. Machado de Assis visto pelos Estados Unidos: o mestre ignorado
10. Esaú e Jacó: Machado de Assis, o boom e a Guerra Fria
11. George Orwell: recepção problemática e o paradoxo do exílio
12. O caso brasileiro de Animal Farm em 1964
O que a atividade do autor como crítico ou tradutor indica sobre a sua criação artística? Como a tradução de suas obras representa uma sobrevida capaz de dotá-la de valor e revelar novos sentidos políticos? Este curso propõe um estudo de quatro escritores da tradição brasileira e anglo-americana Machado de Assis, Henry James, Virginia Woolf e George Orwell , procurando compreendê-los em sua atuação como críticos e/ou tradutores e, ao mesmo tempo, examinando alguns exemplos concretos de negociações literárias e políticas, em diferentes contextos nacionais e históricos. Como apoio teórico, conduziremos uma reflexão sobre a Literatura Comparada a partir dos estudos de Barbara Cassin e Emily Apter sobre os intraduzíveis, e também das experiências e considerações de Auerbach e Leo Spitzer em torno do conceito de Weltliteratur.