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Pela perspectiva da elaboração da política e plano de Cultura as ações podem ser divididas em três grandes segmentos não estanques: criação, circulação e preservação. No primeiro estão situadas as ações que visam a criação de um bem cultural lato sensu como uma coreografia, um poema, uma performance ou qualquer ação coletiva que interfira na vida da cidade/bairro. No segundo segmento situam-se as atividades de disseminação de bens culturais/informações de quaisquer tempos e lugares dentro da logística definida para isso correlacionada ao ambiente sociocultural. O terceiro segmento abrange todas as iniciativas que levam a preservar bens culturais de interesse coletivo como uma construção, um logradouro ou uma obra de arte. Para a concretização das atividades no âmbito desses três segmentos são necessários espaços e equipamentos adequados aos seus propósitos. Convencionalmente, citam-se oficinas (para atividades de criação), bibliotecas (para ações de disseminação) e museus (para realizações que envolvem memória). Os espaços e equipamentos destinados às atividades dos três segmentos, preferencialmente, devem estar integrados, refletindo a integração dos três segmentos – criar-disseminar-preservar – como ação contínua. Essa junção de ações projeta-se no espaço físico denominado “centro cultural”. Ele é projetado de acordo com as condições locais dadas por indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano e indicadores específicos do campo da Cultura que, praticamente, inexistem. As características e uso de uma biblioteca pública podem estar acima ou abaixo das expectativas, mas há que se determinar quais são essas expectativas dado o quadro onde ela se situa.
Prof. Luiz Augusto Milanesi
MÓDULO V: EQUIPAMENTOS CULTURAIS E AÇÕES NELES DESENVOLVIDOS
Créditos
Cultura: Plano e Ação
Curso de Especialização (Pós-graduação lato sensu)
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MÓDULO III : LEVANTAMENTO DE DADOS E DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
Profa. Liliana Sousa e Silva
Para formular planos e políticas culturais em consonância com as condições de desenvolvimento cultural de uma cidade, é necessário conhecer os diversos aspectos que envolvem a vida cultural nesse território. Ou seja, é preciso levar em conta as aspirações culturais da sociedade e, para isso, é fundamental contar com informações que contribuam para diagnosticar situações, desenhar políticas e planejar ações. De acordo com a metodologia proposta pelo Ministério da Cultura, o plano municipal de cultura é um documento formal que representa a política de gestão cultural de um município, indicando as ações culturais a serem desenvolvidas num período de dez anos. Um processo participativo de elaboração do plano municipal deve envolver diversos agentes culturais, para se chegar a um documento de planejamento capaz de alinhar os anseios da sociedade aos interesses e possibilidades do poder público, facilitando a execução das políticas públicas de cultura. Um dos primeiros passos nesse processo é o levantamento e a análise de informações para descrever a realidade concreta em que vivem as pessoas, com sua história, seu ambiente, suas condições econômicas, sociais e culturais. Esse diagnóstico da situação da cultura permitirá identificar tanto as fragilidades, obstáculos e desafios a serem superados, como também as oportunidades, vocações e potencialidades culturais a serem desenvolvidas. Este módulo do curso irá contribuir para o levantamento de dados e o diagnóstico dos municípios partícipes, de modo a subsidiar o processo de elaboração dos planos municipais de cultura.
Fornecer o instrumental teórico-prático para os dirigentes de Cultura ou candidatos a postos de lideranças em instituições culturais. O curso terá como coluna mestra a elaboração de um Plano de Cultura para um município real a partir das conceituações elaboradas durante o Curso e das ferramentas de gestão necessárias para a implantação do Plano. Cada aluno deverá estar habilitado a desenvolver uma concepção de política cultural para o município-laboratório da qual derivará o Plano. Se o aluno for, efetivamente, dirigente municipal de Cultura terá condições de aplicar os novos conhecimentos tanto teóricos quanto práticos em sua própria atividade.