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[FLH0401-8] Teoria da História I

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Este terceiro vídeo aborda a alocução inicial na qual Hegel problematiza seu próprio tema de estudo: a filosofia da história. O comentário visa explicitar o caráter sinuoso do modo de exposição dialético adotado por Hegel, conforme o qual sucessivas definições do problema são examinadas e superadas até Hegel alcançar uma definição satisfatória.
Na sequência da contextualização iniciada no vídeo anterior, este vídeo trata do conceito de espírito de Hegel a partir da definição do livro “Fenomenologia do espírito”, publicado em 1807. Lá as três figuras principais do espírito humano são a consciência, a autoconsciência e a razão, ou o espírito propriamente dito. O vídeo descreve brevemente cada uma dessas figuras, ou formas fenomenais do espírito, e a passagem dialética de uma para a outra, concentrando-se na conhecida dialética do senhor e do escravo, na figura da autoconsciência. Essa dialética é apresentada como exemplo do método seguido por Hegel em seus escritos e como protótipo de sua visão do mundo.
No primeiro vídeo do primeiro bloco do curso de Teoria da História I é feita uma apresentação geral do curso e de seu tema: a matriz dialética da história. O tema será desenvolvido retomando a obra dos dois grandes marcos da matriz dialética da história, Georg Hegel e Karl Marx. Depois dessa apresentação geral, será feita uma breve contextualização da época na qual Hegel viveu e elaborou seu pensamento, caracterizada pelo embate entre o Iluminismo e seus críticos. Nesse quadro, Hegel redefiniu os conceitos-chave de razão e de espírito em função de sua concepção de história.
Marx traça uma distinção decisiva entre duas frações do campesinato francês, caracterizando, em especial, a dos camponeses parceleiros, cujo "modo de produção" era o da pequena propriedade independente, distinto do dos camponeses revolucionários, que se organizavam como classe social e política. Foi sobre o camponês parceleiro que Luís Bonaparte estabeleceu sua base política, retomando a tradição iniciada por seu tio, Napoleão Bonaparte, no começo do século XIX. Além dessa base, Marx analisa a importância do apoio da burocracia estatal e do exército a Luís Bonaparte, mas descreve as contradições que esses compromissos políticos implicaram e como sua situação política seria, por isso, insustentável.
No último capítulo de “O 18 de Brumário de Luís Bonaparte”, Marx faz um balanço do movimento político desde fevereiro de 1848 até dezembro de 1851 na França. Ele caracteriza os três períodos principais do processo, que se inicia como "república social" em fevereiro de 1848 e reúne burguesia, pequena-burguesia e proletariado parisiense. Em seguida, esse último grupo é excluído e começa a "república democrática", com participação apenas de burguesia e pequena-burguesia, entre junho de 1848 e junho de 1849. Finalmente, o advento da "república parlamentar" exclui a pequena-burguesia e a burguesia tenta governar sozinha, entre junho de 1849 e dezembro de 1851. Marx nota o caráter regressivo do processo e a incapacidade da burguesia francesa de governar contra as classes inferiores na escala social, o que prepara o golpe de Estado desfechado por Luís Bonaparte em dezembro de 1851.
Na parte final do primeiro capítulo de “O 18 de Brumário”, Marx completa a definição de revolução distinguindo as revoluções burguesas do século XVIII das revoluções proletárias do século XIX por seu andamento e finalidade. A seguir, ele explica a diferença entre as revoluções burguesas do século XVIII e a Revolução de 1848, também burguesa, mas regressiva porque acossada por uma realidade inexistente no século XVIII, a saber, a indústria e o operariado. Marx completa o texto com uma periodização da Revolução de 1848 a 1851 e caracteriza seus principais momentos pela luta de classes e de frações de classe, com seus respectivos interesses e projetos políticos.
“O 18 de Brumário de Luís Bonaparte” começa com algumas das sentenças mais conhecidas de Marx. No entanto, a ideia de que a história se repete, mesmo que como farsa da tragédia, não deve levar à conclusão de que Marx defende um conceito de história cíclica, pois a repetição se dá apenas na figuração mental dos revolucionários, ainda incapazes de perceber a novidade radical do que fazem e, por isso, necessitados de recorrer a uma imagem idealizada do passado para se entender e glorificar. O texto também aborda o problema da liberdade de ação dos homens em "fazer sua própria história", ressaltando o papel das condições herdadas das "gerações passadas".
Aqui, serão examinadas as formas de consciência correspondentes ao fetiche da mercadoria. Em primeiro lugar, a dos agentes econômicos, para quem as relações sociais invertidas "aparecem como o que são": não é em sua consciência que a realidade social se inverte e, sim, na própria realidade fetichista. Em segundo lugar, como a própria palavra "fetichismo" indica, o campo da consciência religiosa, com a crença em poderes que escapam ao humano e na existência de um ser humano abstrato, correspondente à abstração do trabalho efetuada cotidianamente pelo processo de troca. Por fim, os conceitos da economia política que, no máximo, conseguem captar o conteúdo do valor, mas nunca sua forma, isto é, sua forma social, a troca como um modo historicamente determinado de sociabilidade.
Marx ressalta que a cisão da mercadoria em valor de uso e valor, ou, a cisão do trabalho em trabalho útil e abstrato, não é obra de uma ação consciente e, sim, de um movimento de troca que se autonomiza em relação a toda consciência e vontade individual. Marx esclarece os traços fundamentais dessa situação tipificando formas sociais distintas, como a produção feudal da Idade Média europeia, a comunidade agrícola patriarcal e uma "associação de homens livres" pós-capitalista, nas quais o trabalho aparece de modo imediatamente social, sem passar pela mediação da troca de produtos e suas formas de naturalização da sociabilidade. Por fim, Marx apresenta uma versão mais elaborada de sua teoria materialista da história, na qual outras instâncias sociais além da economia "desempenham papel principal", uma vez que esse papel lhes tenha sido atribuído por uma forma específica pela qual os seres humanos "produzem sua vida".
Na última parte do primeiro capítulo de “O capital”, Marx explica o conceito de fetichismo da mercadoria, isto é, do "quiproquó" pelo qual as relações sociais entre os produtores individuais de mercadoria aparecem como relações entre os produtos de seu trabalho. Como cada produtor é proprietário privado de seus meios de produção, ele trabalha privadamente, separadamente dos demais, e seu trabalho individual só assumirá dimensão social com a troca de seu produto pelos produtos de outros produtores privados. A relação entre esses produtores é coisificada e a relação entre seus produtos adquire a aparência de uma relação social, numa inversão peculiar à sociedade capitalista.
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